terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Preços mais baixos fazem vendas de pacotes de viagem se recuperar no fim de 2009

Preços mais baixos fazem vendas de pacotes de viagem se recuperar no fim de 2009

Por: Equipe InfoMoney
05/01/10 - 09h51
InfoMoney


SÃO PAULO – Mais baratos do que em 2008, os pacotes de viagem recuperaram boa parte dos resultados ruins do início de 2009, e as vendas devem encerrar apenas 10% abaixo do resultado obtido no ano anterior, antes que a crise financeira afetasse a demanda do turismo.

O presidente da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), José Eduardo Barbosa, afirma que, no primeiro semestre do ano, as vendas de pacotes de viagem estavam entre 30% e 35% menores que no mesmo período de 2008.

“Quando já esboçávamos uma calmaria nas notícias internacionais, tivemos a gripe suína entre maio e julho, que afetou primeiro o México e depois fez muitos turistas da América do Sul cancelarem suas viagens”, afirmou Barbosa. “Mesmo assim, o segundo semestre conseguiu recuperar boa parte das perdas. A maioria das operadoras atingiu vendas apenas 8% ou 10% menores do que em 2008. Algumas conseguiram equiparar e até superar as vendas do ano anterior”, completou.

Mérito do dólar e muita oferta
O presidente da Braztoa atribui a recuperação nas vendas aos preços mais baratos verificados tanto nos pacotes de viagem quanto nos bilhetes aéreos. “O dólar em queda, com o real valorizado, foi um dos principais fatores”, aponta Barbosa. “Além disso, os principais consumidores de viagens, os norte-americanos e europeus, deixaram de viajar. Assim, o excesso de oferta contribuiu para diminuir os preços”.

Apesar de mantidas as vendas, os preços mais baixos comprometeram o faturamento do setor, afirma Barbosa.

Expectativa para 2010
A Braztoa acredita que, para 2010, o mercado de turismo cresça cerca de 10%. “O setor todo está bem otimista. Continuamos com o câmbio estável, preços no exterior se mantendo baixos e não vemos, por hora, um aumento nos preços em relação ao que está sendo praticado”, estima.

Para ele, apenas dois aspectos podem pressionar uma alta nos preços neste ano. Um deles seria a diminuição na oferta de bilhetes aéreos. “Houve uma certa redução na oferta do transporte aéreo em voos internacionais e isso poderia gerar alguma dificuldade”.

Além disso, segundo Barbosa, os descontos nos pacotes para países como Estados Unidos, que vinham sendo muito altos, em razão da baixa procura, tendem a ser reduzidos, "assim que a demanda voltar a aumentar”.

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